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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!







Não caminhes na minha frente, pois não posso seguir-te. Não caminhes atrás de mim, pois não posso guiar-te. Caminha apenas a meu lado e sê meu amigo!

sábado, 3 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL



Tchê,

numa dessas

tardes em que

o sol tava se indo

embora, e eu no meu

matear solito, comecei a pensar.

Estamos botando mais uma marca

na existência da vida. Então decidi que

deveria mandar uma tropilha de palavras

pra ti, assim, poderia dividir com meus amigos,

esses devaneios de saudades desse tempo que já se

foi, pois já estamos no fim dessa etapa chamada de 2010.

Nisso me lembrei dessa tal de INTERNETCHE, achei que

seria fácil, era só camperiar por alguns SITES e já de pronto

acharia o que estava por campear. Me deparei com muita coisa da

buena, mas nada daquilo que eu queria te dizer, pois descobri que não

havia ali as palavras puras que minha xucra alma sente para falar contigo.
Por isso vivente te digo, com esse meu jeitão rude, que fiz tudo que pude.
Pra te dizer o que minha alma sente, queria ter te encontrado todos os dias,
ter te dito, buenos dias, buenas tarde, buenas noite e tudo mais, mas, talvez

nos vimos tão depressa, no afazer das nossas tarefas, que nem isso aconteceu,

pois o ano recém nasceu, e já está para acabar. Mas peço ao Tropeiro do Universo, sim,

Ele que tudo pode, que nos traga sentimentos nobres, de amor e amizade. Que tenhas lembranças boas, por tudo que te aconteceu. Que o Menino que nesta data nasceu, nos ilumine todos os dias. Que renasça a alegria, para quem a perdeu. Que se acaso não te aconteceu, tudo aquilo que queria, que não percas a alegria, o entusiasmo e a coragem, a vida é uma viagem, mas é nós que escolhemos

o caminho.

Espere mais

um pouquinho,

e tudo vai

acontecer.
Um novo ano

vai nascer,

deposite

nele tua

esperança,

quem espera

sempre alcança,

diz o velho ditado.


Então, te desejo parceiro, amigo junto com tua gente, um Novo Ano maravilhoso, de conquistas, alegrias, saúde, muiiiiiita saúde, paz e realizações.
Mas para que tudo aconteça, antes, se agarre na proteção do céu, agradecendo ao Pai Soberano,

pois assim a cada ano, será feliz o teu viver, e em cada amanhecer,


Será como um NOVO ANO !!!

Feliz Natal!!!

E um baaaaaaaita 2012, TRI feliz!!!!




Fonte : encontrado na internet. Parabéns ao autor

Natal Luz 2011/2012



O espírito natalino toma conta de gramado durante a temporada de 74 dias do Natal Luz. Paz, harmonia, alegria e amor tomam conta das pessoas e são demonstradas em palavras, gestos ou olhares. Você é nosso convidado para sentir também um pouco do que se passa por aqui!

De 3 de novembro de 2011 a 15 de janeiro de 2012.

Durante 67 dias a cidade de Gramado se transforma em um Parque Temático de Natal. Quem chega na cidade encontra em todas as ruas e em cada detalhe o espírito natalino. São milhares de mini lâmpadas transformando ruas em túneis iluminados, árvores de natal gigantes e o Papai Noel nas ruas todos os dias. A cidade fica linda.Já começou a mais linda história de todos os tempos!

Este pequeno mundo de sonhos guardado em seu coração, crescendo, criando vida e saindo para além da imaginação.

Para maiores informações acesse
http://www.gramado.onde.ir/a-cidade/natal-luz-gramado
http://gramadosite.com.br/natalluz/fotos


































sábado, 10 de setembro de 2011

Mostra da Cultura Gaúcha celebrará o tradicionalismo





Nove entidades tradicionalistas participarão da 19ª edição da Mostra da Cultura Gaúcha neste domingo, em Passo Fundo. A história do Rio Grande do Sul será revivida em um desfile competitivo, que inicia às 15h, na avenida Sete de Setembro.

O tema central desta edição da mostra é “Nossas Raízes”. Em 2010, o vencedor foi o CTG Lalau Miranda. O segundo lugar ficou com a Associação de Trovadores Pedro Ribeiro e o terceiro com o CTF Guapos da Agronomia.

O CTG Estância Nova abrirá o desfile, com o tema “Jesuítas no Território Gaúcho”. Em seguida, a Associação de Trovadores Pedro Ribeiro da Luz entrará na avenida para desenvolver o tema “Terra de Ninguém e a Fundação da Província”.

A terceira entidade tradicionalista a desfilar é o GTC Cavaleiros do Mercosul, com o tema “Os Açorianos e a Fundação de Porto Alegre”. O tema “Época da Charqueada e a Organização Administrativa da Província” será desenvolvido pelo CTG Moacyr da Motta Fortes.

O GTF Guapos da Agronomia mostrará ao público o desfile de tema “Colonização pelos imigrantes”. “A Revolução Farroupilha” será o tema do CTG Eduardo Müller. Na sequência, o CTG Fagundes dos Reis irá para a avenida com o tema “Na defesa Nacional”.

A penúltima entidade tradicionalista a desfilar é o CTG Dom Luiz Felipe de Nadal, com o tema “Revolução Federalista”. O CTG Lalau Miranda encerra a mostra, com o tema “Gauchismo: Culto e Prática”.
FONTE: http://wp.clicrbs.com.br/

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Programação da Semana Farroupilha 2011 - Passo Fundo/RS











Clique
nas imagens para ampliá-las.

Fonte: http://nahoradoamargo.blogspot.com/

SEMANA FARROUPILHA - "Nossas Raízes"







O temário proposto para os Festejos Farroupilhas 2011 foi aprovado pela Comissão Estadual, no mês de dezembro de 2010 e homologado pelo Congresso Tradicionalista Gaúcho, do MTG, em janeiro de 2011. A proposta é bastante abrangente e tem como objetivo explorar a história do Rio Grande do Sul e buscar, em alguns episódios e períodos, indicadores da identidade do povo gaúcho. Rebuscar a história e retirar dela os aspectos que melhor retratem a formação sócio-cultural do nosso Estado é tarefa que não se esgotas nesse ano de 2011, mas haverá de nos ajudar a entender um pouco mais a nossa identidade cultural regional. Cada município do Estado ou cada microrregião poderá aprofundar um ou mais tópicos entre os que estão sendo propostos neste temário. Esse aprofundamento se dará em função da característica local, especialmente pela predominância ou influencia maior de uma ou de outra etnia. Para bem desenvolver a idéia de explorar as raízes da formação sócio-cultural do gaúcho sul-rio-grandense foram selecionados os seguintes momentos da nossa história:





1. OS JESUÍTAS NO TERRITÓRIO GAÚCHO
As reduções jesuíticas constituídas entre 1626 e 1641. A introdução do gado pelos Pe. Cristovão de Mendonça e Pedro Romero, o que resultou nas vacarias do Mar e dos Pinhais, além do uso do cavalo na lida campesina. Mais tarde, com o retorno dos jesuítas ao território temos a formação dos Sete Povos das Missões. Deste segundo momento podemos explorar a questão da religiosidade, da expansão da erva-mate, as esculturas e a música (1682 a 1756). Importante estudar a Guerra Guaranítica (1754-1756) e suas consequencias.

2. A TERRA DE NINGUEM
O período compreendido entre a chegada dos jesuítas e a chegada dos portugueses caracterizou-se pela ausência de governo, de regramento e de organização mínima daquela “sociedade” que começava a aparecer, com predomínio da exploração do gado e o comércio do couro. Surge aí o tipo humano denominado “gaudério”, depois batizado de gaúcho. Foi nesse período que os portugueses instalaram a Colônia do Sacramento (1680), às margens do Rio da Prata e intensificou-se a movimentação de tropas entre Laguma e o Sacramento, especialmente pelo litoral. Surge, no cenário, Cristóvão Pereira de Abreu que é considerado o primeiro tropeiro. Esse tropeiro abre o primeiro caminho para levar tropas de gado e mulas do Rio Grande do Sul para a Província de São Vicente, hoje São Paulo. Era o início do tropeirismo.

3. FUNDAÇÃO DA PROVÍNCIA
A província de São Pedro do Rio Grande do Sul começa a tomar forma com a chegada de Silva Paes e a fundação de Rio Grande (Forte Jesus-Maria-José) – 1737. Aprofunda-se a iniciativa portuguesa de ocupação do território (também reivindicado pelos espanhóis) com a distribuição de sesmarias e a organização das estâncias. É a partir daí que são plantadas as bases sociais e econômicas do Rio Grande do Sul. Depois de Rio Grande, foi fundado Rio Pardo e, ali, surge a figura de Rafael Pinto Bandeira e sua atividade militar na defesa do território contra as invasões castelhanas: Rio Pardo, a tranqueira Invicta.

4. OS AÇORIANOS E A FUNDAÇÃO DE PORTO ALEGRE
O tratado de Madri (entre Portugal e Espanha) previa a troca da colônia do Sacramento pelos sete Povos das Missões, o que resultou na Guerra Guaranítica. Os portugueses planejaram ocupar as Missões com casais de açorianos e implantar na região uma espécie de colônia agrícola. Os açorianos chegaram a partir de 1754 e não puderam ser enviados para as Missões em função da Guerra, permanecendo na região litorânea e nas proximidades do Porto do Dornelles, fundando o Porto dos Casais, hoje Porto Alegre, a Capital do Estado. Eles ocuparam, também, as margens dos rios Jacuí e Taquari, fundando cidades como Triunfo e São Jerônimo. A agricultura ganhou impulso com os açorianos que se dedicaram ao cultivo de culturas como o trigo, milho e feijão. Os açorianos influem muito na implantação da cultura da família (a clã), até aquele momento praticamente desconhecida pelos habitantes que lidavam com o gado numa vida sem paradeiro. Dos açorianos temos muito das nossas músicas, danças, culinária, fé religiosa e modo de vida.

5. ÉPOCA DAS CHARQUEADAS (1780 – 1840)
A lida com o gado ganha um ingrediente importante a partir das charqueadas. Essa foi a primeira e mais importante indústria do Estado. Por largo período o Estado teve nas charqueadas seu motor econômico mais significativo.É no período das charqueadas que o uso dos rios e lagos como meio de transporte ganha impulso, especialmente entre Porto Alegre e Pelotas. A economia passa a depender da força de trabalho dos negros escravos trazidos para as charqueadas. Foi um período de grande crescimento econômico, especialmente de Pelotas e Rio Grande, mas também foi o período triste se analisado do ponto de vista humanitário ou do direito natural dos homens. Os negros foram tratados como simples animais nas charqueadas.

6. A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA PROVÍNCIA
A província de São Pedro do Rio Grande do Sul somente ganha uma administração própria no ano de 1809. Sob o ponto de vista da administração pública, esse é o momento em que o Estado adquire autonomia. A partir da organização administrativa da Província, a Capital, Porto Alegre, se desenvolve e começa a ganhar contornos de modernidade com o surgimento de prédios e de uma arquitetura própria. Outro episódio importante daquele primeiro quarto do século XIX, é o desaparecimento da província Cisplatina e o surgimento do Uruguai (1828). Destaca-se para isso a Guerra da Cisplatina. O episodio mais significativo dessa guerra foi a Batalha do Passo do Rosário, não somente por ter protagonizado a maior concentração de tropas já vista na America do Sul, mas pelas suas conseqüências políticas.

7. COLONIZAÇÃO – PRIMEIRA FASE
Imprescindível para a compreensão da identidade regional é reconhecer a importância da colonização do território por europeus. Primeiro chegam os alemães. Estabelecidos inicialmente na Real Feitoria do Linho Cânhamo (1825), hoje São Leopoldo, expandiram-se para o norte e oeste, ocupando grande parte dos vales. Foram os alemães que implantaram as primeiras indústrias (artesanato) no território gaúcho. Podemos destacar, além da culinária, também a música, a dança e o espírito do cooperativismo trazido pelos alemães. A nova “ética do trabalho” também se deve aos imigrantes.

7. REVOLUÇÃO FARROUPILHA
Episódio considerado como marco fundador da identidade regional, a Revolução Farroupilha teve início em 1835 com a tomada de Porto Alegre. Vale estudar as causas dessa revolução e o papel que a maçonaria desempenhou no fomento do conflito. A figura de Antonio de Souza Netto que patrocinou a proclamação da República Rio-Grandense (1836) merece ser bem estudada. Bandeira e Hino o hino da República Rio-Grandense foram uma conseqüência da proclamação de Netto. O episódio da tomada de Laguna e a criação da República Catarinense (1839) merecem destaque pelo significado político: os farroupilhas pretendiam implantar no Brasil uma República Federativa, integrada pelas províncias autônomas. O fim da revolta no ano de 1845, sem que os objetivos fossem alcançados, mas com conquistas importantes consubstanciadas naquilo que passou para a história como Paz de Ponche Verde, assinada nos campos de Dom Pedrito.

8. NA DEFESA NACIONAL
A tônica da história do Estado foi a defesa do território contra os interesses castelhanos. A Guerra contra Rosas (1854) é um marco importante nesse mister. Os mesmos farroupilhas que haviam lutado contra o Império Brasileiro foram os que defenderam o Brasil contra as pretensões expansionistas do ditador argentino. A Guerra do Paraguai (1865) foi outro episódio importante. Os gaúchos formaram vários “Corpos de Voluntários da Pátria” para a formação do exército da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), combatendo o Paraguai e seu ditador Solano Lopes. -Depois da Guerra do Paraguai tem início da modernização do Brasil e do Estado, com a implantação das estradas de ferro. Houve a partir de então uma significativa melhora nos transportes e na integração do território.

9. REVOLUÇÃO FEDERALISTA
No ano de 1889 instala-se a República Brasileira. O fim do Império dá início a um novo momento político. No Estado há uma intensa disputa pelo poder. As figuras de Julio de Castilhos e de Gaspar Silveira Martins surgem como estrelas da disputa política o que resultou na Revolução Federalista. A “guerra da degola”. Pica-paus e maragatos mancharam o território com o sangue dos gaúchos. Duas ideologias, duas facções, dois interesses convulsionaram o Estado por dois anos (1894-96). No final, a implantação da administração positivista. No ano de 1892, o Corpo Policial é extinto e no seu lugar surge a Brigada Militar como um exército estadual.

10. A COLONIZAÇÃO – SEGUNDA FASE – COMPLETA-SE O GHAÚCHO
A chegada dos Italianos no ano de 1875 marca a ocupação do último grande espaço territorial: a serra. Com sua força de trabalho, os italianos plantam cidades e imprimem um novo ritmo para a economia do Estado. Culturalmente contribuem com as suas danças, música, culinária, festas de comunidade e crença religiosa. Nesse período temos também a chegada de imigrantes Poloneses, Holandeses, ucranianos e outros grupos que, se não ocuparam grandes áreas, foram e são até hoje importantes para muitas comunidades do Estado. Neste ano de 2011 comemora-se o centenário da imigração Holandesa no Brasil. É o ano da Holanda no Brasil.

11. GAUCHISMO: CULTO E PRÁTICA
A identidade gauchesca começa a ser estudada, compreendida e difundida, mesmo que de forma romântica, com o surgimento do Partenon Literário em Porto Alegre (1858). Foi naquela “confraria” que surgiram os primeiros escritores e poetas valorizando o gaúcho e sua cultura. Mais tarde surge a figura de João Cezimbra Jacques que capitaneou a fundação do Grêmio Gaúcho (1898). Foi essa a primeira iniciativa de organização social, como um clube, para resgatar e preservar aspectos importantes da cultura gauchesca. Em seguida foi a vez de João Simões Lopes Neto fundar a União Gaúcha de Pelotas (1899), seguindo-se uma série de clubes gauchescos pelo Estado. Foi no ano de 1947 que toda a experiência acumulada desde o Partenon Literário, que resultou na primeira Ronda Gaúcha no Colégio Julio de Castilhos, o episódio de 5 de setembro com “O Grupo dos 8” e, depois, já no ano de 1948 o surgimento do 35 CTG que deu o modelo seguido por inúmeros outros Centros de Tradições no Estado e fora dele. Hoje são mais de 3.000 CTGs, espalhados pelo mundo, reunindo pessoas (gaúchos sul-rio-grandenses e outros gaúchos) cultuando, valorizando e difundindo a cultura gauchesca e consolidando a identidade do gaúcho, fruto da sua trajetória histórica. O gaúcho é um tipo cultural, formado por inúmeras etnias e aspectos culturais herdados dos índios, espanhóis, portugueses, negros, açorianos, alemães, italianos, poloneses, holandeses ... e mestiços de toda ordem.

MANOELITO CARLOS SAVARIS
1º VICE-PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DA TRADIÇÃO GAÚCHA
.



sábado, 6 de agosto de 2011

BRINCO DE PRINCESA - FLOR SÍMBOLO DO RIO GRANDE













Rio Grande do Sul é um estado que se caracteriza pelo orgulho e amor de seu povo por seus símbolos, ostentando com galhardia seus usos e costumes e as tradições do estado. Por isso, possui diversos “símbolos oficiais”, que reafirmam os cultuados valores gaúchos.

O decreto número 38.400 de 16 de abril de 1998 institui a “Flor símbolo do estado do Rio Grande do Sul”o “Brinco de Princesa” da espécie "Fuchsia Regia (Vell.) Munz", da Família ONAGRACEAE.

O nome popular de “Brinco de Princesa” é dado à planta graças às belas flores que ficam pendentes como os brincos delicados que são utilizados pelas mulheres gaúchas.

Trata-se de uma planta nativa da América Central e Sul, com ramagem e flores pendentes em forma de sino, onde tanto as pétalas quanto as sépalas possuem cores variadas e contrastantes como vermelho, azul, violeta, branco e rosa.

O “Brinco de Princesa”, foi indicado como a flor que simboliza o Rio Grande do Sul por sua admirável beleza, facilidade de cultivo e potencial paisagístico, pois adapta-se com facilidade aos ambientes, suportando inclusive o frio e a geada que caracterizam o inverno gaúcho, além de serem muito visitadas pelos beija-flores em seu período de floração.

Assim, pode-se dizer que o “Brinco de Princesa” se assemelha ao povo gaúcho, resistindo às intempéries sem perder a beleza e a elegância que caracterizam os habitantes desse Estado.

Flor símbolo: Brinco-de-princesa

Por intermédio do Decreto nº 38.400, de 16 de abril de 1998, instituiu-se como Flor-símbolo do Estado do Rio Grande do Sul, a espécie “Brinco-de-princesa”, Fuchsia regia (Vell.) Munz, da família Onagraceae.
A família botânica das Onagráceas é originária da América Central, e no Rio Grande do Sul, ocorre nas regiões mais altas, no Noroeste do Estado.
A indicação da Fuchsia regia como flor-símbolo, foi devido o seu aspecto de grande beleza, facilidade de cultivo e potencial paisagístico.
As flores “brincos-de-princesa”, em sua grande maioria, cultivadas como plantas ornamentais, são híbridas, e que se contam hoje aos milhares.
Caracterizam-se por serem arbustos de folhas ovais ou lanceoladas (forma de lança), algo denteada (de bordos com entalhes perpendiculares a linha do comprimento), opostas, caules flexíveis, que lignificam ao passar do tempo. As flores são axilares isoladas, mas abundantes: cálice tubular dividido em quatro sépalas e corola com quatro pétalas de cores vermelho-arroxeadas, envolvendo a corola roxo-violeta.
São cultivadas a pleno sol ou à meia-sombra, geralmente como plantas isolada, apoiado em grades, colunas e postes ou em vasos e jardineiras, como plantas pendentes. Destacam-se por se adaptar a climas frios e a tolerar geadas. As flores são muito visitadas por beija-flores.
Multiplicam-se facilmente por estaquia, principalmente quando preparadas nos meses de verão e colocadas para o enraizamento dentro de estufas. Requerem solos com bom teor de matéria-orgânica.
Entre as espécies naturais do Brasil, além de Fuchsia regia, figuram: F. petiolaris, F. glazioviana, F. mollis, F. pubescens, e a trepadeira F. integrifolia, que chega atingir 10 metros de altura.
De todas as espécies citadas, a mais surpreendente provavelmente seja a Fuchsia exorticata, da Nova Zelândia, que chega alcançar 15 metros de altura.
DEC: 38.400
DECRETO N° 38.400, DE 16 DE ABRIL DE 1998.
Institui a Flor Símbolo do Estado do Rio Grande do Sul.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

DECRETO:

Art. 1° - É instituída como Flor Símbolo do Estado do Rio Grande do Sul a espécie Brinco-de-Princesa, "Fuchsia Regia (Vell.) Munz", da Família ONAGRACEAE.

Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 16 de abril de 1998.

Enviado por Hilton Luiz Araldi - de Passo Fundo
http://coxixogaucho.com/

sábado, 9 de julho de 2011

MÚSICA PATRÃO VELHO



Jaime Caetano Braun - Mateando





Arnaldo Jabor sobre o RS







Pois é.

O Brasil tem milhões de brasileiros que
gastam sua energia distribuindo
ressentimentos passivos.

Olham o escândalo na televisão e
exclamam 'que horror'.

Sabem do roubo do político
e falam 'que vergonha'.
Vêem a fila de aposentados
ao sol e comentam 'que absurdo'.

Assistem a uma quase pornografia
no programa dominical de televisão
e dizem 'que baixaria'.
Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto!
Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'.
Do ressentimento passivo à participação ativa'.

Pois recentemente estive em Porto Alegre,
onde pude apreciar atitudes com as quais
não estou acostumado, paulista/paulistano que sou.
Um regionalismo que simplesmente não
existe na São Paulo que, sendo de
todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul,
palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa.

Abriram com o Hino Nacional.

Todos em pé, cantando.
Em seguida, o apresentador
anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul.

Fiquei curioso. Como seria o hino?

Começa a tocar e, para minha surpresa,
todo mundo cantando a letra!
'Como a aurora precursora /
do farol da divindade, /
foi o vinte de setembro /
o precursor da liberdade '
.
Em seguida um casal, sentado do meu lado,
prepara um chimarrão.

Com garrafa de água quente e tudo.

E oferece aos que estão em volta.

Durante o evento, a cuia passa de
mão em mão, até para mim eles oferecem.
E eu fico pasmo. Todos colocando a boca
na bomba, mesmo pessoas que não se
conhecem. Aquilo cria um espírito de
comunidade ao qual eu, paulista,
não estou acostumado.


Desde que saí de Bauru,
nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'.
Fiquei imaginando quem é que sabe cantar
o hino de São Paulo.


Aliás, você sabia que
São Paulo tem hino? Pois é...
Foi então que me deu um estalo.


Sabe como é que os 'ressentimentos passivos'
se transformarão em participação ativa?


De onde virá o grito de 'basta' contra
os escândalos, a corrupção e o deboche
que tomaram conta do Brasil?
De São Paulo é que não será.


Esse grito exige consciência coletiva,
algo que há muito não existe em São Paulo.
Os paulistas perderam a capacidade
de mobilização. Não têm mais interesse
por sair às ruas contra a corrupção.


São Paulo é um grande campo de refugiados,
sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'.
Cada um por si e o todo que se dane.


E isso é até compreensível numa
cidade com 12 milhões de habitantes.


Penso que o grito - se vier - só poderá
partir das comunidades que ainda têm
essa 'liga'. A mesma que eu vi em Porto Alegre.
Algo me diz que mais uma vez os gaúchos
é que levantarão a bandeira. Que buscarão
em suas raízes a indignação que não se
encontra mais em São Paulo.

Que venham, pois. Com orgulho
me juntarei a eles.
De minha parte, eu
acrescentaria, ainda:

'...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...'
Arnaldo Jabor

domingo, 26 de junho de 2011

DIALETO GAÚCHO




O dialeto gaúcho é um dialeto do português falado no Rio Grande do Sul, e em parte do Paraná e de Santa Catarina. Fortemente influenciado pelo alemão e italiano, por força da colonização, e espanhol e pelo guarani, especialmente nas áreas próximas à fronteira com o Uruguai, possui diferenças lexicais e semânticas muito numerosas em relação ao português padrão - o que causa, às vezes, dificuldade de compreensão do diálogo informal entre dois gaúchos por parte de pessoas de outras regiões brasileiras, muito embora eles se façam entender perfeitamente quando falam com brasileiros de outras regiões. Foi publicado um dicionário "gaúcho-brasileiro" pelo filólogo Batista Bossle, listando as expressões regionais e seus equivalentes na norma culta.


A fonologia é bastante próxima do espanhol platino, sendo algumas de suas características a não vocalização do "l" em "u" no final de sílabas, e a menor importância das vogais nasais, praticamente restrita à vogal "ã" e aos ditongos "ão" e "õe". Gramaticalmente, uma das características mais notáveis é o uso do pronome "tu" em vez de "você" (diferente do usado em São Paulo), mas com o verbo na terceira pessoa ("tu ama", "tu vende", "tu parte").


Palavras

ancinho = rastilho, rastelo, ciscador, catador de folhas
aprochegar = aproximar-se, chegar perto;
aspa = chifre
aspaço / aspada= chifrada
atucanado = atrapalhado, cheio de problemas;
baita = grande, crescido;
bergamota = tangerina;
borracho = bêbado;
branquinho = beijinho (doce);
brigadiano = policial militar
cacetinho = pão francês;
cancheiro = pessoa que tem experiência e/ou habilidade em alguma coisa
carpim = meia de homem
chapa = radiografia
chapa = dentadura
chavear = trancar com a chave;
china = mulher;
chinaredo = bordel; onde fica o chinaredo.
chinoca = prostituta;
colorado = torcedor do Internacional;
corpinho = sutiã;
cuecão = ceroula;
cuia (para mate)= parte da planta 'lagenaria vulgaris' usada para o chimarrão.
cupincha = camarada, companheiro, amigo;
cusco = cachorro, cão pequeno;
entrevero = mistura, desordem, confusão de pessoas, briga;
fatiota = terno;
folhinha = calendário;
gaudério = gaúcho;
guaipeca / guapeca= cachorro viralata.
guria = menina, moça;
lomba = ladeira;
melena = cabelo;
minuano = vento vindo do sul que trás as massas gélidas do Pólo Sul.
negrinho = brigadeiro (doce);
pandorga = papagaio, pipa;
parelho = liso, homogêneo;
patente = vaso sanitário;
pebolim = totó, fla-flu;
pechada = batida, trombada (entre automóveis)
pedro e paulo = dupla de policiais militares;
peleia = briga;
piá/guri = menino, garoto;
pila = palavra regional que dá nome a moeda nacional, no caso o Real (ex: 10 pila, 25 pila - usa-se sempre no singular);
prenda = mulher do gaúcho;
quebra-molas = lombada;
sarjeta = meio-fio;
sestear = dormir depois do almoço;
sinaleira = semáforo;
tchê = pessoa, "cara";
tercear ferro = lutar com adagas, facões ou facas grandes.
terneiro = bezerro;
trava = freio, breque;
tri = muito (ex: trilegal, tribonita);
veranear = passar o verão;
vivente = criatura viva, pessoa, indivíduo;
xirú= índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"



http://pithanpilchas.blogspot.com

domingo, 5 de junho de 2011

Novamente é de Passo Fundo a 1ª Prenda do RS ; Joelma Pauline Meotti



Joelma Meotti - 1ª Prenda do RS 2011/2012


- Nós temos uma fábrica de prendas! – comenta Gilda Galeazzi, coordenadora da 7ª Região Tradicionalista, entre os pulos de alegria. Ela comemorou, na noite deste sábado, a escolha de mais uma prenda passo-fundensa para representar o Estado. Com a seleção, município voltará a organizar a Ciranda Cultural de Prendas.
A primeira prenda do Rio Grande do Sul Adriane Rebechi Rodrigues passou a faixa para a conterrânea Joelma Pauline Schmohl Meotti durante o encerramento da 41ª Ciranda Cultural de Prendas, realizada de quinta a sábado em Passo Fundo.


Confira a nominata das novas prendas estaduais 2011/2012:




CATEGORIA MIRIM
3ª Prenda Mirim do RS – Raiza Rohrig Martins
CTG Caiboaté – São Gabriel – 18ªRT
2ª Prenda Mirim do RS – Dayala Marina Streit
CTG Rancho dos Tropeiros – Ibirubá – 9ªRT
1ª Prenda Mirim do RS – Alexias Trento
CTG Sinuelo da Serra – Serafina Correa – 11ªRT

CATEGORIA JUVENIL
3ª Prenda juvenil do RS –Indiana Tedesco Saugo
CTG Rodeio da Amizade – Paraí – 11ªRT
2ª Prenda juvenil do RS – Janaina Matiello
GAN Anita Garibaldi – Encantado – 24ªRT
1ª Prenda juvenil do RS – Natana Gengnagel
CTG Aldeia Farroupilha – Farroupilha – 25ªRT

CATEGORIA ADULTA
3ª Prenda Adulta do RS – Maira Simões Rodrigues
CTG Glaucus Saraiva – Porto Alegre – 1ªRT
2ª Prenda Adulta do RS - Muriel Machado Lopes
PL Delfino Carvalho – Cachoeira do Sul – 5ªRT
1ª Prenda Adulta do RS – Joelma Pauline Schmohl Meotti
CTG Lalau Miranda – Passo Fundo – 7ªRT

Fonte: Blog Rogério Bastos e Clic RBS Passo Fundo
Foto: Clic RBS Passo Fundo

Chá de alecrim Interessante...





Vamos tomar uma xícara de chá ?

Um cheirinho de alecrim


Há dias em que se tem a impressão de se estar dentro de um espesso nevoeiro.
Tudo parece monótono e difícil e o coração fica triste.
É a noite escura da alma.


Era meu aniversário e justamente um destes dias estranhos, quando uma

voz interior me disse:- 'Você precisa tomar chá de alecrim!'


Fui ao jardim e lá estava nosso viçoso pé de alecrim. Interessante é que

quase todos que visitam nossos jardins demonstram afeição e respeito pelo

alecrim.


Confesso que nunca liguei muito para ele.


Mas, naquele dia, com toda reverência, colhi alguns ramos, preparei um

chá e o servi em uma linda xícara. O aroma era muito agradável e, a

cada gole que bebia, senti a mente ir clareando.

Uma sensação de bem-estar e alegria foi se espalhando pelo corpo e senti

enorme felicidade no coração.


Fiquei muito impressionada com a capacidade dessa planta transmitir alegria.


Aliás, o nome alecrim já lembra alegria.


Resolvi pesquisar a respeito e - veja só que maravilha!


O alecrim - Rosmarinos officinalis, planta nativa da região mediterrânea -

foi muito apreciado na Idade Média e no Renascimento, aparecendo em

várias fórmulas, inclusive a 'Água da Rainha da Hungria', famosa solução rejuvenescedora.

Elizabeth da Hungria recebeu, aos 72 anos, a receita de um anjo (um monge?)quando estava paralítica e sofria de gota.


Com o uso do preparado, recobrou a saúde, a beleza e a alegria.

O rei da Polônia chegou a pedi-la em casamento!


Madame de Sévigné recomendava água de alecrim contra a tristeza, para recuperar a alegria.


Rudolf Steiner afirmava que o alecrim é, acima de tudo, uma planta calorífera que fortalece o centro vital e age em todo o organismo.

Além disso, equilibra a temperatura do sangue e, através dele, de todo o corpo.


Por isso é recomendado contra anemia, menstruação insuficiente e problemas de irrigação sangüínea. Também atua no fígado.


E uma melhor irrigação dos órgãos estimula o metabolismo.


Um ex-viciado em drogas revelou que tivera uma visão de Jesus que o tornou capaz de livrar-se do vício. Jesus lhe sugeria que tomasse chá de alecrim para regenerar e limpar as células do corpo, pois o alecrim continha todas as cores do arco-íris.


O alecrim é digestivo e sudorífero.


Ajuda a assimilação do açúcar (no diabetes) e é indicado para recompor o sistema nervoso após uma longa atividade intelectual


É recomendado para a queda de cabelo, caspa, cuidados com a pele, lesões e queimaduras; para curar resfriados e bronquites, para cansaço mental e estafa; ainda para perda de memória, aumentando a capacidade de aprendizado.






Existe uma graciosa lenda a respeito do alecrim:


Quando Maria fugiu para o Egito, levando no colo o menino Jesus, as flores do caminho iam se abrindo à medida que a sagrada família passava por elas.


O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu seu cálice.


O alecrim, sem pétalas nem beleza, entristeceu lamentando não poder agradar o menino.


Cansada, Maria parou à beira do Rio e, enquanto a criança dormia, lavou suas roupinhas.


Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estendê-las.


'O lírio quebrará sob o peso, e o lilás é alto demais.


Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao Sol durante toda a manhã.


Obrigada, gentil alecrim! - disse Maria.
Daqui por diante, ostentarás flores azuis para recordarem o manto azul que estou usando.

E não apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus, serão aromáticos.


Eu abençôo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão aroma de santidade e emanarão alegria.'


Bom chá de alecrim pra você!!!

Fonte : internet

sexta-feira, 27 de maio de 2011

GAÚCHO NO PARAÍSO



MAS QUE TAL, TCHÊ!

Estava num passeio em Roma quando ao visitar a Catedral de São Pedro fiquei abismado ao ver uma coluna de mármore com um telefone de ouro em cima.

Vendo um jovem padre que passava pelo local perguntei a razão pela ostentação. O padre então me disse que aquele telefone estava ligado a uma linha direta com o paraíso e que se eu quisesse fazer uma ligação eu teria de pagar 100 dólares. Fiquei tentado porém declinei da oferta. Continuando a viagem pela Itália encontrei outras igrejas com o mesmo telefone de ouro na coluna de mármore. Em cada uma das ocasiões perguntei a razão da existência e a resposta era sempre a mesma: Linha direta com o paraíso ao custo de 100 dólares a ligação.

Depois da Itália vim para o Brasil e fui direto para o Rio Grande do Sul(de um país para outro país). Ao visitar a nossa gloriosa Catedral Metropolitana de Porto Alegre, na famosa Praça da Matriz, fiquei surpreso ao ver novamente a mesma cena: uma coluna de mármore com um telefone de ouro. Sob o telefone um cartaz que dizia:

LINHA DIRETA COM O PARAÍSO - PREÇO POR LIGAÇÃO = R$ 0,25 (vinte e cinco centavos).

Não me aguentei, e lasquei...

Padre, viajei por toda a Itália e em todas as catedrais que visitei vi telefones exatamente iguais a este mas o preço da chamada era 100 dólares.

Por que aqui é somente R$ 25 centavos?

O Padre sorriu e disse: - meu irmão, tu estás no Rio Grande do Sul - aqui a ligação é local !!!


UM ABRAÇO DO TAMANHO DO RIO GRANDE DO SUL!!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Sinuelo


Talvez muitas pessoas ignorem o que é sinuelo. Mesmo muita estância, atualmente, não possui mais um amestrado sinuelo para os apartes de bois num pelado de rodeio. Este serviço agora é feito em tronco. Até as tropas são faturadas desta maneira. Tem lá suas vantagens. Poupa os cavalos e com pouca gente e tempo se aparta, refuga qualquer número de reses.

O sinuelo era formado de um lote de seis a doze bois de igual pelagem, tendo, porém, sempre um deles o pêlo diferente. Por exemplo: se o lote de bois fosse salino, um deles era mouro ou vice-versa. Os animais para futuro sinuelo era escolhidos pela pelagem e tirados da cria com dois anos de idade. Depois ficava, à parte, em um potreiro, para se enquadrilharem. Feito isso,começava-se, então, a ensina-los a missão que deveriam vir a desempenhar nas lides do campo.

Todos os dias eram trazidos do potreiro e, por várias vezes, obrigados a entrar e sair da mangueira, a fim de aprenderem a fazer isso com facilidade, segurança e presteza. Eram metidos como já disse, a gritos e a laço, mangueira adentro e porteira afora. Para alerta-los ou acelerar a marcha, se gritava: "Sinuelo boi" – E, para tranqüiliza-los ou pará-los, o grito era: "Oxe boi".

Cada vez de se levantar um rodeio ou mover-se com o gado, mesmo em plena marcha e ao aproximar-se de uma porteira ou mangueira, gritava-se pelo sinuelo, a fim de que ele ponteasse, fazendo com que o resto do gado o seguisse.

Nos rodeios, se colocava o sinuelo a uma distancia de uns 80 metros. Lá ele ficava, sem mover-se, cuidado por dois homens à espera das reses que seriam apartadas. Essas reses eram tiradas do rodeio uma de cada vez, calçadas entre dois ou três campeiros, aos gritos de "fora, boi", e levadas a pata de cavalo e, se possível, assavam-lhe a roseta da esporas no lombo. Mas, ao aproximarem-se do sinuelo, agiam com calma, a fim de não espantarem as reses ou bois ariscos que já tinham sido apartados e estavam entre o sinuelo.

Hoje em dia, em falta de sinuelo, para se conduzir alguma animal xucro ou para os apartes dos rodeios, improvisa-se um sinuelo com vacas e bois mansos. Isso resolve e facilita o serviço. Em tempos idos, cada estância apresentava seu sinuelo de bois criados e de pelagem original, como africano, nilo e jaguané. E tinham maior satisfação ainda em demonostrar como os animais era bem adestrados no serviço. E a gauchada de lado, fazia valer suas qualidades campeiras, ressaltando a perícia e boa rédeas de seus pingos, soltos de pata, barbaridade!

Como era lindo o grito de "Ta fora, boi", cerrando perna no pingo, costeleando o boi a ponto de riscar-lhe o fio do lombo com a espora. Um homem é um homem. E o que é do homem o bicho não come.

Autor : Raul Annes Gonçalves

Do livro Mala de Garupa (Costumes Campeiros)
Terceira Edição – Martins Livreiro


Colaboração do amigo Menegol

Nos tempos em que as estâncias eram de todos


O caráter do trabalho e da propriedade da terra era coletivo nas missões guaranis, privado nas fazendas luso-brasileiras


Mário Maestri



Em 1626, jesuítas espanhóis cruzaram o rio Uruguai e fundaram missões, a partir do noroeste do atual RS, sobretudo com populações guaranis. Em 1634, os inacianos importaram 1.500 bovinos para formar os rebanhos dos dezesseis pueblos do Tape. Em 1636-38, o gado foi abandonado pelos guaranis missioneiros que retornaram para a outra banda do Uruguai, assaltados pelos paulistas escravizadores. O rebanho multiplicou-se, atravessou os rios Jacuí-Ibicuí em direção ao sul, formou a enorme vacaria do Mar, entre o oceano e os rios Jacuí e Negro.

Na segunda metade do século 17, devido à crise da economia açucareira, a coroa portuguesa retomou a procura das minas e lançou novas iniciativas econômicas. Em 1680, fundou a Colônia do Santíssimo Sacramento, diante de Buenos Aires, na outra margem do rio da Prata. Procurava com ela retornar às trocas de cativos, manufaturados e produtos da costa do Brasil pela prata andina, permitidas pela coroa espanhola até o fim da União Ibérica, em 1640. Os couros trazidos pelos espanhóis de Buenos Aires ou do interior da banda oriental do Uruguai, por portugueses, castelhanos e charruas, garantiram o sucesso da cidadela.

Em 1682, os guaranis missioneiros retornaram ao atual Rio Grande do Sul para barrar o saque das vacarias dos pampas e o avanço lusitano. Os Sete Povos apoiaram-se fortemente na extração animal, inicialmente, e na sua criação, a seguir. Mais tarde, a regressão do pastoreio fortaleceu a agricultura missioneira. A economia pastoril dos Sete Povos constituiu a pré-história das estâncias sul-rio-grandenses. Não procedem as propostas ideológicas de que ela seria mera exploração predatória do gado chimarrão.

Em Origens da economia gaúcha: o boi e o poder, livro póstumo de 2005, Guilhermino César descreve a organização das estâncias jesuíticas como a "mais simples possível": "[...] um grupo de catecúmenos [...] tangia reses mansas para um posto deserto, deixava-as em liberdade, e estava formado o criatório." Essa prática jamais teria constituído verdadeira economia pastoril, já "que a criação se fazia [...] ao deus-dará", com os gados "espalhados, em desordem" caminhando "sem restrições". Segundo ele, nenhum "regime fundiário vigorara naquela ‘terra de ninguém’ [sic]", onde a incúria quase natural e o "nomadismo congenial" dos guaranis teriam determinado tamanha "instabilidade" na atividade "que, à flor do chão, não ficou memória das estâncias jesuíticas", esfumando-se na "mente coletiva" sua recordação. Essa leitura foi amplamente difundida pela historiografia tradicional sulina, que estabeleceu hiato radical entre as histórias guarani-missioneiras e sul-rio-grandense.

Inicialmente, a exploração missioneira das vacarias deu-se sob licença dos padres superiores, preocupados em não esgotar os gados. Os vaqueiros guaranis não praticaram o abate geral de animais pelo couro, sebo e graxa, deixando as carcaças nos campos, como os corambreros ibéricos e nativos trabalhando sobretudo para Sacramento. Nos anos 1690, exagerando enfaticamente, o padre Sepp escrevia que, após dois meses, os vaqueiros retornavam com "cinqüenta mil vacas", para a "a alimentação" anual de sua missão. Contava que, nos navios da Ordem, partiam 300 mil couros, de "touros mais crescidos", e não de "vacas", certamente para manter a "procriação indispensável".

Preocupados com a perenidade dos rebanhos, os missioneiros fundaram, em 1700, a vacaria dos Pinhais, no Planalto, nas margens do rio Pelotas. Quando os gados das vacarias do Mar e dos Pinhais foram esgotados, pelos coureadores e tropeiros, fogueados pelas descobertas das minas [1695] e pela fundação da vila de Rio Grande [1737], os vaqueiros das missões enfatizaram a criação animal nas estâncias dos pueblos.

As grandes estâncias missioneiras, delimitadas por rios, riachos, matas, serros, etc., subdividiam-se em sedes e postos, com aldeias de dez a doze famílias, com suas capelas, currais, plantações, etc., povoadas por posteiros, que domesticavam e tratavam os animais nos rodeios e cuidavam que não fugissem. No Planalto, estâncias menores, próximas aos Sete Povos, invernavam o gado trazido pela Boca do Monte [atual Santa Maria] e pelo Boqueirão [atual Santiago], para o consumo dos pueblos. A criação missioneira assumiu o caráter de produção pastoril extensiva herdado pelas futuras estâncias luso-brasileira, disseminadas na Campanha, nas Missões, nos Campos Neutrais e no norte do atual Uruguai, sobretudo a partir de 1780, após a instalação de charqueadas no Sul, que valorizou fortemente a exploração mercantil dos rebanhos.

O laço, as boleadeiras, o poncho, o mate, o churrasco, a doma em campo aberto, o aquerenciamento e manejo dos gados no rodeio, as vaus dos rios, os boqueirões nas serras, a origem de muitas cidades sulina, etc. foram algumas das heranças legadas pelas missões guaranis à civilização sul-rio-grandense. Foi muito amplo o arrolamento de missioneiros e de nativos pampianos como peões nas fazendas luso-brasileiras que proliferariam na região.

A grande diferença entre as duas sociedades foi o caráter do trabalho e da propriedade da terra, coletivo nas missões guaranis, privado nas fazendas luso-brasileiras. Para que, após a ocupação militar lusitana das Missões, em 1801, as estâncias coletivas guaranis fossem melhor repartidas em sesmarias privadas, exploradas com o braço escravizado e assalariado, era necessário que desaparecesse na memória histórica regional aqueles longos e estranhos tempos em que as pampas e os gados eram de todos, e não apenas de alguns poucos.

Mário Maestri, 61, historiador, é professor do Curso e do Programa de Pós-Graduação em História. E-mail: maestri@via-rs.net

Fonte: Brasil de Fato


Colaboração do amigo Menegol

terça-feira, 3 de maio de 2011

CONSELHOS À JUVENTUDE DO MTG BRASILEIRO!




Quem é Tradicionalista preserva as suas Tradições: antigas, campeiras,
regionais, não as importações alienígenas, as grifes urbanas e as criações comerciais!
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Chê! Piá! Chê! Guria! Atenção no que lhes digo: corremos grande perigo frente essa desvalia da pura filosofia de um órgão protetor, pelo avassalador grande poder financeiro, num MTG Brasileiro já sem moral e valor! Não te enganes ao ouvir que as festas são gaúchas. Inverdades esdrúxulas irão sempre repetir. Continuarão a mentir para os jovens viventes; modismos não são pertences dessa antiga Tradição. Festas gaúchas não são, somente sul-rio-grandenses! Nem Tradicionalistas são esses suingueiros ou aqueles maxixeiros ou os outros nativistas; também não os crioulistas, pois com vermelho, azulão, preto, amarelo, verdão, chapéu claro chaparral, lencito virado e tal, são só regionalistas! Gaúcho não é urbano, mas o campeiro, rural, jamais esse comercial estilo country-texano; nem é gaúcho o fulano com bombacha mercadista; poderá ser um modista a vender sua Tradição, com batuque no Bailão do CTG anarquista! Não esqueças: Tradição não é moda comercial, é Patrimônio Regional antigo e nativo do chão, de geração em geração pelo tempo transmitido; por isso que com vestido de prenda a mulher gaúcha ao coração ela puxa o seu Rio Grande querido! Não sigas pela esteira dessa falsa integração, dessa globalização sem ética, sem fronteira; não creias nessa asneira da flexibilização para atender ao povão, pois Tradicionalismo com voto e mercadismo não é Fazer Tradição! Não confies na vivência daquele que não tem pago, do que não mostra afago pelas coisas da querência; por lhe faltar consciência, valorizar o capital, de calça e cinto normal e de chapéu no salão desrespeita a Tradição, sua Cultura Regional! Lembres: é o uso xucro regionalista campeiro do Pampa Sul-brasileiro que do órgão é o fulcro, não o público, o lucro, nem o voto eleitoreiro ou a busca de dinheiro daqueles que fazem o mal ao Maior Fim Cultural do MTG Brasileiro! Por isso os meus conselhos seguem contra os diversos, contrários, adversos atos falhos e trambelhos, que não podem ser espelhos pra quem tem no coração apego ao Sulino Chão, apreço pelo Rio Grande, a zelar, por onde ande, a sua rica Tradição! (Conselhos da Tradição, de José Itajaú Oleques Teixeira)

http://www.bombachalarga.org/

terça-feira, 19 de abril de 2011

VERDADEIROS HERÓIS DA PÁTRIA, PARABÉNS PELO DIA DO ÍNDIO!




Os verdadeiros Heróis da Pátria Brasil estão a pelear, diariamente,
por sua sobrevivência!
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Dia do Índio é dia de relembrar o passado, enaltecer o legado e toda a galhardia do gentio que nutria zelo e amor febril pelo imenso Brasil. Eram os donos da terra; restou-lhes o que encerra o Dezenove de Abril! Protestos ao desrespeito, à desconsideração, à toda exploração do seu peculiar jeito, pois tudo o que é feito em seu nome é em vão; as riquezas de seu chão, seus heróis, sua memória, a sua real História é fruto de apropriação! Aos índios do Sul, pampeiros, formadores do gaúcho, que aguentaram o repuxo no Pago Sul-brasileiro demarcando o fronteiro limite sul-rio-grandense frente ao vizinho platense, fica a nossa gratidão pela miscigenação e a índole valente! É de se agradecer aos Minuanos, Charruas, que trançaram lanças, puas, para o Rio Grande nascer, além de nos fornecer no folclore, na tradição, a sua contribuição, seja no vocabulário como no ato agrário de um churrasco de chão! Ao nosso Povo Guarani, que hoje é brasileiro, desde o entreveiro ocorrido por ali, passando, a partir daí, a pertencer à nação que assumiu a região em mil oitocentos e um, gratos pelo sabor dum espumado chimarrão! E ao Herói Guarani José Sepé Tiaraju, que não era índio cru porque é desde guri instruído pelo pa’y pra chefiar sua nação, devemos exaltação, não como Herói do Brasil, mas como um índio viril cumpridor da sua missão! Pois em terras de Espanha a Companhia de Jesus fazia ali também jus à já história sanha de intentar na campanha da evangelização a conquista de um chão, com seu padre-militar ao Guarani explorar na busca por expansão! O Capitão Comandante, que não era brasileiro, foi Herói Missioneiro ao fazer o seu levante; leva seu povo adiante, com honra, fibra, entono, deixado no abandono pela Ordem de Assunção, e grita, de lança na mão: a minha terra tem dono! A força luso-espanhola, com tratado de fronteiras, avança suas fileiras e a parte sul assola; na resistência embola os guerreiros do capitão, o qual, numa incursão, no peito leva um lançaço, na cabeça um balaço: jaz um herói, morto no chão! É a partir de Caiboaté, São Gabriel, Sanga da Bica, que Sepé beatifica entre seus índios de fé; muito mais do que um pajé virou na literatura um símbolo, uma figura meio sobrenatural, um guerreiro angelical gravado em escultura! Mas o Herói Missioneiro, o Índio Santo Guarani, sairá de sua ibi, sem ser um sul-brasileiro, para ser o Primeiro Caudilho Rio-grandense, mesmo de área platense e não sendo brasileiro; no ato politiqueiro surge outra apropriação do símbolo duma nação pelo branco interesseiro! E como sempre o fez, Norte a Sul, Leste a Oeste, além da morte, da peste, levou-lhes a insensatez e a sua estupidez ao explorar seus valores, seus heróicos peleadores, a sua crença natural, perpetuando-lhes o mal na condição de senhores! Interesses do presente a explorar o passado; para nichos de mercado, turismo maledicente, romantizaram um ente, santificaram o mito, alteraram o seu fito, o registro cronológico; e com fim ideológico roubaram até o seu grito! Hoje, o índio guerreiro luta é por seu direito exigindo o respeito deste seu país inteiro, pois não é um estrangeiro a requerer outro chão; pede é melhor condição na vida que ele encerra na mata, campo e serra; que o desenvolvimento não sonegue o alimento aos donos de nossa terra! O Dia do Índio é dia também de se reparar, corrigir, retificar a deturpada História, oposta, contraditória, no Dezenove de Abril, desconcertando o ardil, elegendo os altaneiros, os reais, os verdadeiros Heróis da Pátria Brasil! (HERÓIS DA PÁTRIA, de José Itajaú Oleques Teixeira)

http://www.bombachalarga.org

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pesquisas de Paixão Cortes preservaram tradições gaúchas


Cortes conciliou trabalho de agrônomo com o de pesquisador de folclore. Grupo ia atrás de idosos que revelassem modo antigo de vida dos gaúchos.


As músicas, danças e outras tradições preservadas nos CTGs eram praticamente desconhecidas quando o movimento se iniciou.


A recuperação delas foi trabalho de pouca gente e, nele, Paixão Cortes teve um destaque especial. Conciliando seu trabalho de agrônomo com o de pesquisador de folclore, ele saiu pelo interior do Rio Grande do Sul atrás de pessoas idosas que lhe revelassem o modo antigo de vida dos gaúchos.


Com o CTG 35 em funcionamento, Paixão e outros colegas foram participar de uma festa de gaúchos no Uruguai. Viram apresentação de danças e músicas, comida típica, vestuário, tudo próprio da região.


Ficaram mordidos. Começaram, então, uma busca da cultura de raiz do povo gaúcho, uma empreitada particular sem apoio de governo ou patrocínio comercial. “Fomos chegando em cada cidade, conversando sempre com pessoas antigas, de 70, 80 e 90 anos, e fomos anotando e registrando todos seus elementos”, diz Paixão. Nos primeiros anos, só contavam com um caderninho de notas.


Depois, chegaram gravadores primitivos. No primeiro deles, a fita era de papel. Qualquer pequeno choque ou esbarrão, o papel rasgava. Depois vieram os gravadores de rolo e as fitas magnéticas. De qualquer forma, havia gravação só do som. Os passos da dança, a coreografia e os movimentos, isso tinha de ser retido na memória. Quando chegou o filme Super-8, foi um avanço enorme.


Os gravadores comuns registravam o som, e a gravadora Super-8 retinha os movimentos. A primeira dança que Paixão gravou foi a do pezinho, que, para ele, foi um, sinal de que muita coisa melhor viria.


O entusiasmo dobrou. Normalmente, Paixão veste roupa comum e até se incomoda com pessoas que exageram no tradicionalismo. Mas hoje ele tem um compromisso e precisa estar de bombacha. Mariana, sua mulher, e figurinista de roupas gaúchas femininas, o ajuda. Logo ele recomeça a história da sua "garimpagem" das coisas antigas do gaúcho.


A maioria das danças junta homem e mulher. Mas algumas, como a do facão, são só masculinas. Homem dançando com homem em um ambiente que alguns até acusam de machismo. De onde vem isso? “Os tropeiros não tinham seguimento do acompanhamento feminino. Eram só homens que saíam do Uruguai, passavam pelo litoral do Rio Grande do Sul e iam até Sorocaba.


Nesses acampamentos, entre 1700 e 1820, dançavam os tropeiros sozinhos. Então são danças só masculinas”, diz Paixão. Paixão sempre contou, em suas pesquisas, com a participação do jornalista e escritor Barbosa Lessa, já falecido.


Em função da pesquisa de folclore, qur realizava junto com seu trabalho de especialista em ovelhas da Secretaria da Agricultura, Paixão escreveu mais de 60 livros, fez discos, CDs e DVDs. Para guardar esse material, as salas de sua casa já estão repletas. Alugou recentemente um apartamento, com vários cômodos, só para isso, mas ainda está faltando espaço.


Eles pesquisavam diversos aspectos “da alma e do sentimento” do povo gaúcho. Nos intervalos da pesquisa e do trabalho como agrônomo, Paixão cantou e sapateou.


Quando o assunto é gaúcho, Paixão é quase sempre chamado como consultor. Foi assim no filme "Um Certo Capitão Rodrigo", de Anselmo Duarte. O filme é sobre um tema de Érico Veríssimo, e se passa nas primeiras décadas de 1800.


No original do livro, os gaúchos apareciam de bombacha e, em várias cenas, havia presença da gaita, da sanfona. No filme, isso é corrigido. Não havia nenhuma das duas, nesse tempo, no Rio Grande do Sul. “A bombacha só chega, exatamente, na Guerra do Paraguai.


Até então, era desconhecido na América, tanto dos uruguaios como dos argentinos”, explica. A bombacha, esse tipo de calço usado pelos gaúchos, é de origem árabe e era usada na Europa como roupa militar. Na Guerra do Paraguai, um excedente de bombachas da França foi repassado aos países da Tríplice Aliança – Argentina, Brasil e Uruguai. E por aqui ficou.


O próprio Paixão aparece no filme, fazendo o papel de pai da mocinha. O resgate da cultura campeira do Rio Grande do Sul, no embalo das pesquisas de Paixão Cortes e Barbosa Lessa, forneceu material para os CTGs funcionarem. Se, na inauguração do 35, não se conhecia nenhuma dança típica do Rio Grande do Sul, quando Paixão e Lessa fazem, em 1956, o "Manual de Danças Gaúchas", elas já eram 22.


São atualmente mais de cem, com outras - quase uma dezena - já coletadas, mas ainda não descritas e harmonizadas. Uma riqueza artística sem comparação no Brasil, mas que qualquer Estado, em certa proporção, pode também descobrir, se houver alguém para ir atrás da cultura antiga de seu povo com tanta paixão.


http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/04/pesquisas-de-paixao-cortes-preservaram-tradicoes-gauchas.html

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Hino Riograndense



Autor
Joaquim José Mendanha


Interpretação por
Wilson Paim

Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.

Estribilho:
Mostremos valor, constância,
nesta ímpia e injusta guerra,
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.

Entre nós revive Atenas
para assombro dos tiranos;
sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos.

Mas não basta p'ra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.