.Redação Diário da Manhã
(Redação Passo Fundo / DM)
redacao@diariodamanha.net
Amizade não é sinônimo de pensamento igual e de forma alguma significa os mesmos gostos, as mesmas vontades, as mesmas intenções. Ainda assim, há quem se utilize da essência dadaísta para produzir músicas, poemas, quadrinhos – um pouco daqui, outro pouco de lá, receita pronta. No Dia do Amigo, o Caderno Blitz saiu em busca daqueles que optaram por compartilhar a página, a caneta ou o som e transpor as barreiras egocêntricas do individualismo.
( / FOTO DIVULGAÇÃO )
Marcelo Fener é metalúrgico de uma grande empresa. Priscila da Rosa, estudante de psicologia. Nada teriam em comum se não fosse o gosto pelo tema musicado no violão. O acorde que os uniu traduz o íntimo de cada um. Na letra, o sentimento da menina. Na melodia, Marcelo traduz o que a letra pedia de acordo com a sua visão. O resultado não é nem de um, nem de outro, mas de ambos. “Produzir algo em conjunto, em parceria, é muito mais que musicar uma letra, ou, por exemplo, interpretar um tema de alguém. É uma relação de arte! Não importa a distância geográfica, não importam as diferenças de cada um, talvez, à diferença de cada um é que faça atingir grandes resultados”, destaca Marcelo. O fato é que trabalhar em conjunto destrói barreiras. Marcelo resume: “O próprio convite para uma união, de cara, derruba muros e grades”. A letra, apoiada na melodia, traduz uma amizade que, firmada através da música, é acolhida pela arte.
Renato*, advogado. Elisa*, design de moda. Distantes, decidiram usar da palavra para expressar algo comum. Renato percebe no acaso o início do poema escrito em conjunto com a amiga: “Não sei por que decidimos escrever... Foi bem acidental.” Uma divagação, a letra maiúscula do início de uma nova frase. O desenvolvimento, o desenrolar do próprio pensar. A conclusão, a união de ideias – ao principio contrárias – que encontraram sentido em estarem juntas.
“Apesar das ideias serem soltas e desconexas, depois, quando você relê, você consegue extrair um "ânimo coletivo" do grupo que realizou”, conclui ele. Sim, são duas pessoas que escrevem e duas ideias e para eles é essa liberdade que dá ao poema um ar coletivo.
Ideias que se completam e mãos que se ajudam. O pensamento aberto ao outro atinge o maior grau de compartilhamento que somente a arte é capaz de proporcionar. Assim como os dois pares, no ramo das ilustrações, por exemplo, os irmãos gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon fazem parte da lista dos quadrinistas brasileiros reconhecidos internacionalmente. Na música, Chico Buarque e Caetano Veloso uniram-se contra a repressão. Ao longo da história, páginas e sons, vindos de quatro mãos despertaram sentidos – de quem faz e de quem assiste.
* Os nomes foram trocados por opção dos entrevistados.
(Redação Passo Fundo / DM)
redacao@diariodamanha.net
Amizade não é sinônimo de pensamento igual e de forma alguma significa os mesmos gostos, as mesmas vontades, as mesmas intenções. Ainda assim, há quem se utilize da essência dadaísta para produzir músicas, poemas, quadrinhos – um pouco daqui, outro pouco de lá, receita pronta. No Dia do Amigo, o Caderno Blitz saiu em busca daqueles que optaram por compartilhar a página, a caneta ou o som e transpor as barreiras egocêntricas do individualismo.
( / FOTO DIVULGAÇÃO )
Marcelo Fener é metalúrgico de uma grande empresa. Priscila da Rosa, estudante de psicologia. Nada teriam em comum se não fosse o gosto pelo tema musicado no violão. O acorde que os uniu traduz o íntimo de cada um. Na letra, o sentimento da menina. Na melodia, Marcelo traduz o que a letra pedia de acordo com a sua visão. O resultado não é nem de um, nem de outro, mas de ambos. “Produzir algo em conjunto, em parceria, é muito mais que musicar uma letra, ou, por exemplo, interpretar um tema de alguém. É uma relação de arte! Não importa a distância geográfica, não importam as diferenças de cada um, talvez, à diferença de cada um é que faça atingir grandes resultados”, destaca Marcelo. O fato é que trabalhar em conjunto destrói barreiras. Marcelo resume: “O próprio convite para uma união, de cara, derruba muros e grades”. A letra, apoiada na melodia, traduz uma amizade que, firmada através da música, é acolhida pela arte.
Renato*, advogado. Elisa*, design de moda. Distantes, decidiram usar da palavra para expressar algo comum. Renato percebe no acaso o início do poema escrito em conjunto com a amiga: “Não sei por que decidimos escrever... Foi bem acidental.” Uma divagação, a letra maiúscula do início de uma nova frase. O desenvolvimento, o desenrolar do próprio pensar. A conclusão, a união de ideias – ao principio contrárias – que encontraram sentido em estarem juntas.
“Apesar das ideias serem soltas e desconexas, depois, quando você relê, você consegue extrair um "ânimo coletivo" do grupo que realizou”, conclui ele. Sim, são duas pessoas que escrevem e duas ideias e para eles é essa liberdade que dá ao poema um ar coletivo.
Ideias que se completam e mãos que se ajudam. O pensamento aberto ao outro atinge o maior grau de compartilhamento que somente a arte é capaz de proporcionar. Assim como os dois pares, no ramo das ilustrações, por exemplo, os irmãos gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon fazem parte da lista dos quadrinistas brasileiros reconhecidos internacionalmente. Na música, Chico Buarque e Caetano Veloso uniram-se contra a repressão. Ao longo da história, páginas e sons, vindos de quatro mãos despertaram sentidos – de quem faz e de quem assiste.
* Os nomes foram trocados por opção dos entrevistados.
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