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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Chimarrão




Glaucus Saraiva

Amargo doce que sorvo
num beijo em lábios de prata!
Tens o perfume da mata
molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno
que passa de mão em mão,
traduz no meu chimarrão,
em sua simplicidade,
a velha hospitalidade
da gente do meu rincão.

Trazes à minha lembrança,
neste teu sabor selvagem,
a mística beberagem
do feiticeiro charrua.
E o perfil da lança nua
encravada na coxilha,
apontando firme a trilha
por onde rolou a história,
empoeirada de glória,
da Tradição Farroupilha!

Em teus últimos arrancos,
no ronco do teu findar,
ouço um potro corcovear
na imensidão deste pampa!
E em minha mente se estampa,
reboando dos confins
a voz febril dos clarins,
repenicando: Avançar!...
Então me fico a pensar,
apertando os lábios assim,
que o amargo que está no fim,
que a seiva forte que eu sinto,
é o sangue de "35"
que volta verde em mim!

http://ogauderio.sites.uol.com.br

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Hino Riograndense



Autor
Joaquim José Mendanha


Interpretação por
Wilson Paim

Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.

Estribilho:
Mostremos valor, constância,
nesta ímpia e injusta guerra,
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.

Entre nós revive Atenas
para assombro dos tiranos;
sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos.

Mas não basta p'ra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.